segunda-feira, 30 de novembro de 2009

mais uma historinha.



a gente sente e segue. pra algum lugar dentro da gente que é tão distante do que podemos compreender que toca o outro. e quando você percebe já está dentro de mais uma história e é cúmplice de alguém que entrou outro dia em um capítulo qualquer da sua vida e simplesmente sabe mais dos seus últimos gestos e passos que você mesmo. e você sabe os dele.


e no dia em que isso acaba ou se transforma, ainda ficam as manchas na parede, as cinzas do último cigarro, um cd na última gaveta e alguns livros que nunca foram lidos e não fazem diferença nem pra você nem pra ele, então não importa se ele levar assim como não importa se ele se foi.

e então você descobre que o mais real disso tudo é o que você faz para preencher algum lugar dentro de você que não te pertence. e descobre ainda que esse lugar nunca será preenchido, porque como tudo tem seu lugar não cabe ali nada além do que é para ser posto ali.


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