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independente da dor, do tamanho da dor, da causa da dor, quando dói, o joão chora.
e fico um pouco encabulada com essa franqueza e sinceridade.
às vezes é por saudade, por amor demais, por falta de entendimento. às vezes por entendimento demais, por descoberta.
se o papai saiu, se o biscoito acabou, se o sono chegou, se hoje não quer ir para a escolinha.
um colinho, uma musiquinha e um cafuné. e da mesma forma que veio já foi.
leve. muito leve.
penso às vezes que o magnífico ser humano adulto poderia ser muito mais humano se deixasse doer e se deixasse chorar. o colo, a música e o cafuné estariam mais presentes. e com certeza seriam mais reais. e leves.
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