Leoa com chifres

- Mãe, o seu cabelo tá crescendo?
- Tá!
- É por isso que ele tá parecendo uma juba de leão com chifres?
...

!!

Mãe, eu te amo do tamanho da velocidade que corre um guepardo!

amor.

Mãe, eu amo todo mundo. Só não amo quem eu não conheço.

a espera.

..
Eu era workaholic. Não me importava em trabalhar 12, 14 horas por dia, em ficar noites sem dormir, consequentemente não me importava com minha saúde. Comer e dormir bem eram "frescuras". 
Quando engravidei muita gente me olhou torto porque eu teria que diminuir o ritmo de trabalho.
Quando comecei a sentir dores e perguntei a algumas amigas que já tinham filhos ou que estavam grávidas se isso era normal, ouvi da maioria delas que sim, que gravidez não é doença e tive vergonha de ir ao médico, de ser fraca. 
Quando pedi no meu trabalho para deixar de viajar e não fui atendida, não questionei com medo de ser a doente, com medo do que as pessoas falariam, com medo de ser a produtora que fez corpo mole, de ser antiprofissional.
Isso me custou uma longa viagem de 10 dias de ônibus na semana do meu primeiro dia de pré-natal. Faltei ao médico e não ouvi meus filhos.
Não tive coragem de dizer não ao meu trabalho. 
Minha gravidez era de risco, só descobri isso depois. Quando voltei da viagem tive que ficar de repouso, só me levantava para ir ao banheiro. Isso durou quase 7 semanas.
Minha gravidez durou 2 meses. Descobri que estava grávida aos quase 4 meses e ganhei meus filhos aos 6. 
Eles poderiam ter esperado um pouco mais se eu tivesse esperado por eles.
Ficar de cama me ensinou que a vida tem seu tempo e devemos respeitá-lo.
"Perder" um filho me ensinou que há muito mais coisas que devemos e podemos deixar para depois.
"Ter" um filho me ensinou a importância de viver e de entender o tempo.
Hoje deixei de ser workaholic, continuo trabalhando (bem menos que antes), chego atrasada nos lugares, durmo mais cedo, acordo mais cedo, quase não saio à noite, participo menos de algumas coisas do que gostaria.
Por isso tudo agradeço a você filho, que me ensina a ter paciência, que me ensina a respeitar seu tempo, que me faz entender que algumas coisas são apenas por um tempo, que tudo passa.
Por você a minha vontade de ter meus amigos de verdade por perto, de ter abraços de verdade, beijos de verdade, conversas, risadas e lágrimas sinceras.
Por você procuro acertar e me doar em tudo que faço, mas com você aprendo que errar faz parte da construção da vida.
Com você eu paro para ver o sol, para brincar com as sombras, para ver as flores, para desenhar e colorir, para contar histórias, para brincar de cabaninha.
Obrigada por não me pedir nada disso. 
Obrigada por me fazer querer viver e por ter tornado tudo tão fantástico que eu viveria tudo de novo, com mais maturidade, mais escuta sobre o meu corpo, mais escuta para o outro, e sem medo de cometer novos erros.
Com você eu tenho mais vida. Te amo.
..

Mãe, quando a água é quente a gente tá na praia e quando ela é fria a gente tá no Polo Sul, sabia?

A gente entra no carro e o João diz:

... Mãe, onde a gente vai pousar?

singular.

...

Mãe, no meu aniversário vai ter bolo?
Claro João!
Eu quero um bolo de banana! Você faz mãe?
Claro filho!
E eu quero gelatina no copinho também!

...

João, hoje eu vou fazer pastel!
Hum, de quê Carina?
De carne e queijo.
Você faz um só de tomate pra mim?

...

Imaginação.

Mãe, a cauda da baleia parece dois morros!

;)

Mãe, eu machuquei meu braço na hora que eu tava correndo de alegria!

A polêmica do dia das mães

Filhote, está chegando mais um dia das mães e não nego que sorrio quando recebo suas flores e desenhos, mas é claro que como boa libriana que sou, ponho tudo na balança, tento ver lados que às vezes nem existem e por isso reflito, reflito, reflito.
Dessa vez fiquei pensando depois de ver várias propagandas, vídeos, textos, que apesar de as mães serem ótimas (claro que nem todas, como tudo no mundo), os pais também são, os tios, os avôs, as avós, etc. 
O que me incomodou dessa vez foi ver a necessidade das pessoas quererem transformar todos os responsáveis pela criação de uma criança em  mães. Como se toda a responsabilidade dessa criação fosse delas, além de reforçarem a ideia de que mulheres DEVEM ter filhos.
Mas eu me pergunto: e os pais? os casais gays (homens) que têm filhos? os tios?
Eles precisam comemorar o dia das MÃES? 
Não podem comemorar o dia dos pais? Vou ser chata, mas acho essa visão machista, como se os homens não pudessem comemorar da mesma forma, como se o dia dos pais não tivesse a mesma importância.
Não estou aqui protegendo o dia das mães, muito pelo contrário, estou querendo desmistificar a mãe e defender que os outros responsáveis são tão dignos de comemorações quanto ela, sem no entanto ter que se enquadrar nessa visão da mulher maravilha.
Tudo isso me parece uma necessidade de se encaixar em um padrão que não, não precisa ser seguido.
Mais uma vez escrevo para reforçar a ideia de que uma pessoa não tem mais importância que outra.
Para que você, mesmo eu sabendo que isso irá acontecer, não se sinta maior nem menor que ninguém, apenas do seu tamanho.

Rebelde, mas com carinho.

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Carina:
- João, não pode colar a massinha na televisão!

João:
- Então eu vou embora dessa casa e vou levar minha mãe, meu pai e minha avó. E pra você Carina, eu vou deixar a televisão e o Tidé, que é pra você não ficar sozinha viu?

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Para o Tiutiu.

.. João, onde você vai?
.. Vou em uma escola para aprender a língua inglesa!

Aprendendo.

Hoje fizemos juntos nossa primeira massinha de brincar.
: )

A foto foi retirada do site: bebeaporter.com

Receita
3 xícaras de farinha de trigo,
1/2 xícara de sal,
1 xícara de água,
1 colher de (chá) de óleo
Tinta guache

Plantando.

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João: Outros dias eu joguei um biscoito aqui (aponta para o jardim).
Eu: É mesmo filho, porque?
João: Para nascer um pé de biscoito!
Carina: O biscoito era de quê? De chocolate?
João: Não! Daqueles redondinhos de furinhos! Eu quero um pé daquele biscoito!

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Gripe

Mãe, eu tenho uma meleca grudante!

Passando por Montes Claros durante a viagem de fim de ano:
... João, estamos chegando em Montes Claros.
... É mesmo, já estou vendo as montanhas claras.

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